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Tanure contrata Rothschild e vai trabalhar proposta por Braskem nos próximos meses, dizem fontes

O empresário já havia manifestado intenção de negociar com a família Odebrecht em maio; Procurados, Tanure e os bancos não comentaram sobre o assunto

15 jun 2025 - 15h25
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O empresário Nelson Tanure contratou o banco de investimento internacional Rothschild para assessorá-lo em uma proposta que deve levar vários meses para ser formalizada para aquisição de fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem, apurou o Broadcast.

A busca de um banco de investimento, antecipada pelo Broadcast, vinha sendo trabalhada pelo empresário após ter manifestado sua intenção de negociar com a família Odebrecht, bancos e Petrobrás na segunda quinzena de maio.

Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) têm a participação de controle da Novonor na Braskem como garantia de empréstimos bilionários concedidos no passado. De acordo com uma fonte próxima das negociações, as conversas com os bancos não serão simples e podem chegar até próximo ao final do segundo semestre.

Cerca de R$ 19 bilhões em créditos - somado a juro - da Novonor contra cinco bancos, com características institucionais diferentes - o BNDES é um banco público e o BB, misto - estarão na mesa. Além disso, o histórico dos empréstimos e da obtenção dessas garantias resultaram em interesses distintos, relacionados a uma hierarquia de recebimento dos créditos, que precisa da concordância de todos, acrescenta a fonte. Bradesco e Itaú, por exemplo, que fizeram empréstimos maiores.

Tanure já fez rodadas de conversas com bancos, mas também precisa da anuência para qualquer proposta da Petrobras, que é acionista da petroquímica. Portanto, diz a fonte, a petroleira brasileira é uma prioridade. A presidente da estatal de petróleo, Magda Chambriard, tem deixado claro que está disposta a conversar e que acredita que uma proposta para aquisição da fatia da Novonor na petroquímica é positiva. Mas também que a Petrobras quer ampliar sua gestão na empresa, o que deve passar por uma revisão no acordo de acionistas. Chambriard descartou, no entanto, qualquer intenção de estatizar a empresa.

A proposta inicial de Tanure seria por uma parte da fatia controladora da Novonor na Braskem, sendo que a família Odebrecht permaneceria com entre 3,5% e 5% de participação no capital total da petroquímica, a depender do acordo com os bancos. A Novonor é atualmente dona 50,1% das ações ordinárias, o que lhe garante o controle da petroquímica, e de 38,3% do capital total. A Petrobras é detentora de 47% do capital votante e de 36,1% do total. O restante está no mercado.

A chegada de Tanure aconteceu quando os bancos se preparavam para assumir as garantias na Braskem e entregar a gestão da participação a uma casa especializada em reestruturação operacional e financeira. A IG4 pode ser contratada para fazer este trabalho, caso os bancos decidam prosseguir com tal estratégia.

A fatia controladora da Novonor na Braskem está à venda há seis anos e tem esbarrado na equação do valor da dívida e nos problemas em Maceió (AL), após um incidente geológico nas operações sal-gema da petroquímica e que levaram a provisões de bilhões. A petroleira de Abu Dhabi Adnoc propôs em 2023 ficar com 38% do capital total da Braskem por R$ 10,5 bilhões, mas as negociações não seguiram adiante. Procurados, Tanure e os bancos não comentaram.

Estadão
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