Sêmen, asfixia e ‘morte agonizante’: o que se sabe sobre o caso do empresário achado morto em buraco no Autódromo de Interlagos
Adalberto dos Santos Junior foi encontrado dentro de um buraco de uma obra em São Paulo; caso é complexo e segue sendo investigado
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É um caso complexo. A frase foi repetida algumas vezes durante a coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil sobre a morte de Adalberto dos Santos Junior, empresário de 35 anos que foi encontrado morto dentro de um buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Ainda há muito para ser esclarecido em torno do caso. Mas o que as investigações apontam até o momento é que ele morreu por asfixia, teve uma ‘morte agonizante’ e que o sêmen identificado em laudo não indica que houve ato sexual no local.
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Adalberto foi encontrado em um buraco só de cuecas e sem apresentar lesões externas. Com ele também havia um capacete quebrado -- que, conforme apontam as investigações, não foi usado para agredi-lo. Com resultados de laudos periciais, foi confirmado se tratar de um caso de homicídio por asfixia.
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Mesmo assim, ainda não se sabe se ela foi provocada -- como por enforcamento -- ou por constrição torácica, quando uma forte pressão no tórax impede a respiração normal. Em meio a isso, também segue em aberto como ele foi colocado no buraco: se foi já morto ou se ele morreu quando já estava dentro do local. As investigações apontam, de todo modo, ter sido uma morte lenta e agonizante.
A questão do semen entra na história pois, quando o corpo foi encontrado, foram solicitados pelas autoridades policiais todos exames possíveis. Entre eles foi feito o PSA (Antígeno Prostático Específico), que apontou resultado positivo para presença de sêmen na região do pênis de Adalberto.
Segundo os delegados que estão à frente do caso, isso não indica que houve ato sexual. Conforme explicaram, após a asfixia, o corpo pode soltar urina, fezes ou líquido seminal. No caso, foi identificado apenas o sêmen – o que está sendo interpretado como uma resposta biológica à sua forma de morte, explicou a polícia.
Os exames toxicológicos deram negativos, tanto para álcool, como para drogas. Também não foram identificadas lesões internas no corpo de Adalberto. Exames de cunho sexual, anal e bucal, também deram negativo.
Como ele foi parar no buraco ainda é a grande questão. As linhas de investigações são muitas e todas as variáveis estão sendo levadas em consideração, pontua a Polícia Civil. Até o momento, não há nenhum suspeito. As diligências seguem em andamento, e foi decretado sigilo nas investigações.
Relembre o caso
Adalberto foi encontrado sem vida na terça-feira, 3, dentro de um buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos. Ele tinha 35 anos e estava desaparecido há quatro dias desde que participou de um evento de experiências com motos na região. O corpo foi localizado em uma área com sinalização das obras, isolada por tapumes e barreiras de concreto.
O último contato de Adalberto com a esposa tinha sido na sexta-feira, 30, no início da noite. Entre os dias 29 de maio e 1º de junho, o Autódromo de Interlagos recebeu o Festival Interlagos 2025: edição moto. A movimentação de pessoasl foi intensa no local.
Antes de desaparecer, Adalberto teria dito a um amigo que contornaria o autódromo para buscar seu carro particular, que estava parado no estacionamento do local.
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