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Política

PF aponta que ‘Abin paralela’ espionou quase 1,8 mil celulares no governo Bolsonaro

Relatório revela uso de software israelense para monitorar ilegalmente ministros do STF, políticos e jornalistas entre 2019 e 2021

18 jun 2025 - 18h21
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PF conclui inquérito da 'Abin paralela'; investigação apurou espionagem ilegal e uso político do órgão público
PF conclui inquérito da 'Abin paralela'; investigação apurou espionagem ilegal e uso político do órgão público
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O esquema de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) monitorou quase 1,8 mil telefones entre fevereiro de 2019 e abril de 2021, segundo investigações da Polícia Federal (PF) sobre a chamada “Abin Paralela”.

Segundo a PF, Bolsonaro era “centro decisório” e definiu alvos de espionagem ilegal. Procurada, a defesa do ex-presidente ainda não se manifestou.

De acordo com o relatório final da PF, 34 credenciais do programa israelense First Mile foram usadas para espionar 1.796 terminais telefônicos, resultando em 60.734 consultas feitas de forma irregular. O software é capaz de rastrear celulares explorando vulnerabilidades nas redes de telefonia 2G e 3G do Brasil.

O Estadão teve acesso ao relatório de 1.125 páginas, cujo sigilo foi levantado nesta quarta-feira, 18, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As investigações apontam que o órgão de inteligência foi utilizado para espionar ilegalmente autoridades e opositores durante a gestão Jair Bolsonaro.

O relatório detalha que houve um pico de uso do sistema espião em outubro de 2020, mês das eleições municipais. Diversas autoridades e políticos foram monitorados, incluindo ministros do STF, deputados, senadores e jornalistas.

Diante do grande volume de alvos, a PF classificou as vítimas da espionagem em oito categorias: geral, servidores do TSE e institutos de pesquisa, Poder Judiciário, Poder Legislativo, Ministério Público, servidores públicos, proteção do núcleo político e contexto não identificado.

Estadão
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